Weekly 495: O vale da desilusão da IA Generativa
Custo alto, resultado baixo. 50% dos projetos de GenAI que buscavam eficiência sem um retorno sobre investimento (ROI) bem estruturado com LLMs já ficaram pelo caminho
📰 Resumo do editor
📜 Curadoria das notícias e texto desenvolvido pelo ser humano Jaydson Gomes, em 21/11/2024, Porto Alegre
A queridinha e grande responsável pelo boom da IA generativa, OpenAI, deve registrar perdas de até US$ 5 bilhões em 2024, chegando até a US$ 14 bilhões em 2026. Esse pode ser o padrão esperado das startups estadunidenses, mas basta olhar os números para perceber que algo errado não está certo.
Do outro lado estão pessoas e empresas completamente eufóricas e vivendo o FOMO. Com meus mais de 20 anos de experiência na área de tecnologia, empreendedor há 10 anos e sócio de empresa de tecnologia há 7 anos, trago um relato: em NENHUM momento a inteligência artificial foi necessária em NENHUM tipo de software que desenvolvemos. E olha que temos centenas de cases de projetos de médio e grande porte.
Existem ótimos exemplos da implementação útil da IA generativa, a questão aqui é que esse uso não é para todo mundo.
“O investimento inicial em GenAI vai além do que está aparente à primeira vista: envolve tanto custos diretos como o consumo dos LLMs atualmente disponíveis, infraestrutura em cloud e ferramentas de IA, quanto custos indiretos, como o tempo de desenvolvimento, realocação de equipes e a gestão de mudanças. O processo de adoção raramente se limita ao orçamento previsto, uma vez que a complexidade de cada iniciativa, muitas vezes percebidas durante o andamento, pode elevar o total investido de forma significativa.
Por exemplo, um aspecto que muitas vezes passa despercebido é o custo de treinamento e requalificação dos funcionários. À medida que as empresas integram a GenAI em seus fluxos de trabalho, os colaboradores precisam desenvolver novas habilidades para interagir com essas ferramentas. Esse processo de capacitação vai além do ensino técnico – ele também exige mudanças culturais dentro da organização."
MIT Technology Review
A desilusão é garantida. Uma ferramenta que está baseada quase que em sua totalidade na publicidade e no marketing, não deve conseguir ir além da especulação. Uma hora a conta vem e parece que a hora está próxima.
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Nesta edição ainda falamos do novo logo do CSS e suas novas funcionalidades, jornais europeus abandonando o Twitter/X e a rotina traumatizante dos moderadores de redes sociais.
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⚡️ DESTAQUE ⚡️
👽 Navegando pelo vale da desilusão da GenAI
A adoção de inovações disruptivas sempre carrega consigo um ciclo previsível de entusiasmo, expectativa, desilusão e maturidade. Com a Inteligência Artificial generativa não é diferente. Após um período de “alvoroço”, com empresas de diversos tamanhos e segmentos trabalhando iniciativas para embarcar no hype da tecnologia, agora começamos a acompanhar um movimento conhecido como “o vale da desilusão da GenAI”.
Grandes corporações, em especial, enfrentam a dificuldade de implementar a tecnologia em suas operações e os desafios de adaptação são enormes. Um dos principais motivos para esse cenário? Planejamentos, muitas vezes rasos, dos custos e benefícios das iniciativas.
Segundo estimativa do Gartner, apresentada durante a conferência “Gartner CIO & IT Executive” realizada recentemente em São Paulo, 50% dos projetos de GenAI que buscavam eficiência sem um retorno sobre investimento (ROI) bem estruturado com LLMs já ficaram pelo caminho. O ROI em GenAI é complexo. Embora muitos esperem ganhos rápidos de produtividade, esse retorno nem sempre é mensurável de forma tangível e imediata.
Matéria: https://mittechreview.com.br/desafios-genai/
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🥸 Inteligência Artificial generativa chegou no limite
O rápido avanço da Inteligência Artificial generativa nos últimos dois anos convenceu investidores de que o crescimento da tecnologia seria exponencial.
Nada garante isso. Pelo contrário: Bloomberg e Reuters reportaram que, dentro das empresas mais quentes do setor (OpenAI, Google, Anthropic), novos modelos maiores e mais caros de treinar apresentaram melhorias tímidas em relação aos que já estão no mercado — em alguns casos, pioraram.
Em vez de crescimento exponencial (o “taco de hóquei”), a IA generativa parece ter chegado a um platô e vislumbra uma nova era de crescimento logarítmico — ou, em termos corporativos, já chegou no topo da “curva em S”.
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🤖 O Google DeepMind tem uma nova maneira de olhar dentro da “mente” de uma IA
A IA levou a avanços na descoberta de medicamentos e robótica e está em processo de revolucionar completamente a forma como interagimos com máquinas e a web. O único problema é que não sabemos exatamente como ela funciona, ou por que funciona tão bem. Temos uma ideia razoável, mas os detalhes são complexos demais para serem desvendados. Isso é um problema: ela pode nos levar a implementar um sistema de IA em um campo altamente sensível como a medicina sem entender que pode ter falhas críticas embutidas em seu funcionamento.
Uma equipe do Google DeepMind que estuda algo chamado interpretabilidade mecanicista tem trabalhado em novas maneiras de nos deixar espiar sob o capô. No final de julho, lançou o Gemma Scope, uma ferramenta para ajudar pesquisadores a entender o que está acontecendo quando a IA está gerando uma saída. A esperança é que, se tivermos uma melhor compreensão do que está acontecendo dentro de um modelo de IA, seremos capazes de controlar suas saídas de forma mais eficaz, levando a melhores sistemas de IA no futuro.
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🏃♂️ Jornais europeus abandonam o Twitter/X
O jornal britânico The Guardian e o espanhol La Vanguardia anunciaram, na última semana, que deixarão de interagir no Twitter/X, a rede social do bilionário Elon Musk.
Os motivos giram em torno dos níveis elevados de teorias da conspiração, desinformação e conteúdo perturbador na plataforma, parte do chorume disseminada pelo próprio dono da rede.
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😟 A rotina traumatizante dos moderadores de redes sociais
A BBC conheceu de perto, nos últimos meses, um mundo oculto e sombrio. Nele, é possível encontrar o que há de pior, mais tenebroso e mais perturbador no conteúdo online.
Grande parte deste conteúdo é ilegal. Tudo isso acaba nas caixas de entrada de um exército global de moderadores de conteúdo.
Você certamente não ouve falar deles com frequência. O trabalho dessas pessoas é analisar e, quando necessário, excluir conteúdo denunciado por outros usuários ou assinalado automaticamente pelas ferramentas da tecnologia.
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🎨 CSS tem novo logo e novas funcionalidades
O CSS acaba de ganhar um novo logotipo oficial. O canal Fireship fez um vídeo mostrando alguns dos novos recursos mais legais disponíveis para devs em 2024.
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🧮 Morre Thomas Kurtz, co-inventor da linguagem de programação BASIC, aos 96 anos
Morreu na última terça-feira o matemático Thomas E. Kurtz, um pioneiro do Dartmouth College e co-inventor da linguagem de programação simplificada conhecida como BASIC, que permitiu que estudantes operassem computadores antigos com facilidade e impulsionou gerações ao mundo da computação pessoal. Ele tinha 96 anos.
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Fui ver as novas funcionalidades do CSS empolgada, acabei emocionada com a história da cor da nova logo..